A força do coletivo.

Aprendi, na universidade, que todo professor é um pesquisador, ou deveria ser. Acontece que, na prática, isso é mais comum no ensino superior, o que não se efetiva, da mesma forma, na educação básica. Por que é tão difícil um professor, do ensino fundamental ou médio, fazer pesquisa no Brasil, principalmente na escola pública? É evidente que essa questão está relacionada à formação desse profissional, bem como ao que a sociedade espera/exige de um professor, mas também ao individualismo que impera em nossas vidas. Esse individualismo é tão forte que nos impede de perceber que juntos podemos mais e melhor. É preciso entender que esse individualismo foi produzido, historicamente, para atender aos anseios incessantes de acumulação de riqueza. Qual a necessidade d’eu ter 400 livros, se eu só consigo ler um por vez. Onde estão as bibliotecas? Penso que não existe pesquisa individual. Toda pesquisa é produzida coletivamente, na medida em que, no mínimo, deve-se dialogar com as pesquisas anteriormente realizadas sobre aquele determinado assunto. Além disso, é mais fácil escrever e reescrever a partir de diferentes pontos de vistas. Então, por que toda responsabilidade de se produzir uma dissertação e/ou tese recai nos ombros de apenas um pesquisador? Minha amiga Mercês sempre atribui o sucesso de um bom trabalho à força do coletivo, principalmente quando é elogiada. E confesso que, em alguns casos, é muito difícil perceber o que é simplesmente a soma dos méritos individuais, do que efetivamente foi produzido a partir do efeito sinérgico de um trabalho cooperativo. No entanto, quero registrar, publicamente, que TODA produção acadêmica existente e que ainda estão por vir, em meu nome, é fruto dessa força coletiva contra hegemônica.

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Educação Inclusiva | Jornal O Globo

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Sem palavras para ensinar – Jornal O dia

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