INCONFORMAÇÃO NA FORMAÇÃO DA EJA

Conceição Evaristo ensina escreviver e a alma se rebela

Contra normas, contra o que é igual, também é literatura

Inconformidade, chama que acende, a era de Mandela

Um fogo interior que não se iguala, põe fim a escravatura

 

João Candido quebra a chibata, desafia o padrão

O almirante negro, em meio à massa, um grito de afronta

Contra o racismo estrutural, liderança política em ação

Um canto de liberdade, a revolução desponta

 

Na mente inquieta, de Nise da Silveira, a alma insurgente

Não se conforma com a psiquiatria vigente

Do tratamento mental desumano à busca de um novo horizonte

A inconformidade, um forte componente

 

Como Charles Darwin, não podemos aceitar a imposição

Romper os moldes, a tradição

A evolução clama por revolução

E a mente inquieta, por expansão

 

No capitalismo, sonhos são adormecidos e corações feridos

Mas, na EJA, sabemos conjugar o verbo esperançar

Juntos, construiremos um mundo mais unido

Onde a justiça e a paz, sempre vencerão, basta não se dobrar

 

Mais uma turma de EJA formada?

Melhor seria a turma de EJA “em formação”

Ou informada, transformada, amada

E armada (com as armas da crítica), da boa inconformação!

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